Apaixonado pelas possibilidades dos jogos, educador de Cascavel/CE aproveita regras e cartas para reforçar o ensino de Matemática e Português.
A cada mês vão surgindo pelo Brasil mais e mais comprovações da vocação transversal e multidisciplinar dos jogos Piquenique e Bons Negócios. Em Cascavel, no Ceará, um professor está aproveitando as regras e as cartas dos de Educação Financeira para aprimorar o conhecimento e a habilidade dos alunos com as operações matemáticas e com a Língua Portuguesa.
“Elaboramos um projeto chamado ‘Próximo Nível’, que faz o reforço do aprendizado de Matemática e Português utilizando os jogos Piquenique e Bons Negócios”, explica o professor de Matemática Antônio Silvestre, da Escola de Educação Básica Deputado Raimundo Queiroz, em Cascavel.
O educador diz que há tempos tinha o desejo de realizar aulas de reforços com os alunos, mas ainda não havia concretizado o projeto. Até conhecer os jogos. “Desde a primeira vez que analisei os jogos na escola, percebi que eles contemplavam tudo que eu precisava para executar o projeto. Agora, graças aos conceitos do Piquenique e do Bons Negócios, realizamos essa oficina semanalmente na escola, trabalhando, além da Educação Financeira, os ensinamentos básicos de Matemática e Português.”
Segundo o professor Antônio, é realizado primeiramente um teste diagnóstico para identificar o atual nível de aprendizagem dos alunos nas duas disciplinas. “Identificamos quatro níveis de aprendizagem. Os alunos do nível 4 são os que estão com o conhecimento mais em dia e se tornam monitores, ajudando o professor nas oficinas com os jogos.” O educador conta ainda que os alunos de nível 3 participam das oficinas com o jogo Bons Negócios, enquanto os de nível 1 e 2 atuam com o Piquenique. “Vale lembrar que trabalhamos, sim, a Educação Financeira, mas aproveitamos os conceitos lúdicos para atualizar o conhecimento dos jovens com a Matemática e o Português.”
A cada oficina, o professor muda a abordagem da situação-problema para trabalhar diferentes conceitos envolvendo Matemática e Português.” As regras dos jogos são mantidas, mas contextualizo mediante o objeto do conhecimento”, afirma.
Em abril, a escola vai realizar uma competição interna para premiar os alunos que se saírem melhor nas oficinas. Alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE) também estão participando da oficina e se saindo muito bem. “Dois deles estão no páreo para ganhar o campeonato interno”, elogia o professor Antônio.