Ensinar conceitos financeiros desde cedo ajuda a entender o valor do dinheiro, a importância do planejamento e a desenvolver hábitos financeiros responsáveis. A Educação Financeira, seja na primeira infância, no ensino de Jovens e adultos e ainda na inclusão social, é um processo contínuo, que deve ser adaptado ao nível de compreensão e desenvolvimento de cada um.
Para trazer a prática pedagógica inclusiva, acessível e contextualizada – e entendendo propostas que se adaptam a realidade de nossos alunos –, chamamos para o terceiro painel as mediadoras Flávia Cardoso e Carmélia Menezes, formadoras EF do IBS, que conversaram com as educadoras Fernanda Tavares (coordenadora de EF de Pojuca/BA), Tatiane Cristófoli (educadora em Bento Gonçalves/RS), Joelma Rolim (coordenadora EJA da SME de Cajazeiras/PB) e Janete Oliveira (educadora de Imperatriz/MA).
Tatiane Cristófoli, que leciona na educação infantil, partilhou sobre o trabalho iniciado com as crianças do município, que se tornou um projeto piloto com resultados de referência no crescimento e aprendizado vivenciado com os pequenos a partir dos jogos.
“O material que recebemos pode ser trabalhado durante todo o ano na educação infantil. Dentro do jogo, eu trabalho a questão da autonomia, da socialização, da resolução de conflitos. A gente brinca de ser gente grande e brincando as crianças vão tendo acesso a todo esse mundo do dinheiro, da importância de economizar. A gente já criou estratégias de como os pequeninos podem estar ajudar a ver sobre a conta de água, de luz, ou até com o seu projeto, a gente construiu sonhos individuais, aonde eles, em casa, fizeram uma atividade de planejamento com a família”, relatou.
Segundo Joelma Rolim, Coordenadora EJA da SME de Cajazeiras/PB, a proposta já tem mostrado resultados de imediato junto aos jovens e adultos que participam das atividades. “Hoje nós temos mais de 90% da nossa rede formada e vi essa transformação. Mas quero destacar o EJA, que acredito ser uma modalidade esquecida. Tenho relatos de muito impacto e mudança de comportamento nos alunos que participaram do projeto. Uma aluna conseguiu economizar 500 reais e hoje sempre reserva um valor na poupança para suas emergências financeiras. Fiquei muito emocionada de ver esse resultado se concretizando e mudando a vida das famílias”, destacou.