Maria Emília Abreu era professora de Educação Básica do município de Santos, no litoral do Estado de São Paulo. Sua vida mudou em 2014, quando ela foi convidada para atuar no Atendimento Pedagógico Domiciliar (APD), apaixonou-se pela causa e se pós-graduou na área. A partir de 2019 passou a atuar também na vizinha São Vicente, como professora convidada, num regime em que professores da rede regular atuam em conjunto com especialistas no atendimento a alunos com deficiência.
Maria Emília conheceu o IBS através da Educação Financeira, quando os docentes da Escola Prof. Jacob Andrade Câmara, em São Vicente (SP), foram informados sobre a OLITEF (Olimpíada de Educação Financeira do Brasil), que era destinada a jovens do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio.
A partir desse anúncio, ela já começou a se movimentar. Primeiro ela se matriculou no EaD do IBS. Depois, conhecendo o potencial do estudante Sidney Octávio Leite Coutinho, de 14 anos, da turma do 7º ano, ela resolveu treiná-lo para a prova da OLITEF, que estava marcada para o dia 20/09/2024. “Mediante a possibilidade de mostrar a capacidade do meu aluno, fiquei empolgada com a Olimpíada e acessei o regulamento para inscrevê-lo, já que ele é público-alvo do APD”, explica ela.
Além do acesso a plataforma, que trouxe vários conteúdos, como inflação, a história da Bolsa de Valores no Brasil e cálculos de juros simples e juros compostos, o estudante também pode aprender com o jogo Piquenique. “Apesar da sua condição que impede de utilizar os dedos das mãos, Octávio possui uma capacidade para realizar cálculos mentais com plena agilidade e confiança”, garante.
Toda essa dedicação teve sua compensação no dia 8 de novembro, quando a OLITEF divulgou os resultados oficiais e Octávio receberá uma medalha de bronze por seu desempenho. Maria Emília considera esse uma conquista do APD. “Foram duas semanas de muito esforço e comprometimento. Acessamos a plataforma, e ele se dedicou. O Atendimento Pedagógico Domiciliar mostra que o acesso é para todos e o sucesso também!”, comemora.
A OLITEF ainda tem algumas etapas pela frente, mas só esse resultado parcial já foi prova suficiente de que precisamos acreditar mais no potencial de nossos alunos. “Trilhamos uma jornada de ensinamentos e aprendizados desde 2019. Todos os estudantes podem seguir o exemplo de Octávio, capacitando-se e aproveitando as oportunidades que a vida oferece, com dedicação e responsabilidade”, finaliza.
Você conhece o Atendimento Pedagógico Domiciliar?
O Atendimento Pedagógico Domiciliar (APD) está inserido dentro da modalidade de Ensino Educação Especial, sendo uma extensão dos atendimentos disponibilizados nas classes hospitalares. É uma lei federal [lei nº 13.716/2018] que respalda os estudantes da Educação Básica, impedidos de terem uma frequência escolar regular, por questões de saúde, devidamente atestados por um médico. Essa modalidade é praticada tanto para casos de deficiência quanto por problemas de saúde pontuais.