Nossa última parada permitiu passearmos por todas as possibilidades de uma educação financeira interdisciplinar. Não faltaram boas práticas e iniciativas inspiradoras vistas durante os dias 5 e 6 de dezembro nos encontros realizados em Cajazeiras e Cachoeira dos Índios.
Na Escola Manoel Gonçalves, a turma realizou uma releitura dos jogos. A partir deles, os alunos desenvolveram uma moeda própria interna que é utilizada em diversos momentos. Para as turmas EJA da EMEIF Costa e Silva e Escola Crispim Coelho, foram fomentadas várias atividades sobre a economia doméstica e empreendedorismo, com os alunos participando de todo o planejamento até o momento de vendas de produtos em eventos festivos realizados com a comunidade.
Segundo Joelma Rolim, Coordenadora EJA da Secretaria de Educação do município, desde o primeiro momento de adesão ao projeto, a gestão e os educadores se engajaram para mobilizar as atividades em toda a rede e, hoje, já é possível acompanhar relatos de transformação e impacto na vida dos alunos.
“Vimos a riqueza desse material, apoiamos a ideia e começamos a nos mexer para a multiplicação das ações no município. Recebemos vários depoimentos dos estudantes sobre a vida financeira deles. Mesmo tem uma renda básica conseguiu mudar sua vida. Uma aluna EJA conseguiu economizar R$ 500,00 reais em poucos meses”, contou.
Em Cachoeira dos Índios (PB), visitamos a escola Maria Cândido de Oliveira, onde os alunos fizeram uma “viagem histórica” para compreender a ousadia das grandes navegações europeias, que deu impulso ao processo de globalização da gastronomia, envolvendo os conhecimentos dos alunos sobre origem do dinheiro, comércio e lucro.
Durante as aulas de Educação Física, alunos criaram seus próprios jogos de tabuleiro, cujo objetivo era que os alunos aprendessem a gerenciar suas finanças e estabelecer metas financeiras, através da venda de camisas de times de futebol.
Para a Ana Maracajá, Secretária de Educação, a chegada do projeto foi um marco importante na integração de atividades interdisciplinares. “As escolas públicas são sempre escassas de recursos e esse material abriu muitas oportunidades para ensinarmos esses meninos a viver em sociedade, a saber lidar com o dinheiro. Isso melhorou a prática pedagógica de muitos professores, lançou uma cultura interdisciplinar nas escolas da rede”, ressaltou.