Estudantes organizaram feirinha para comercializar produtos e criam moeda fictícia
Os cálculos matemáticos que parecem difíceis no papel se tornaram uma grande diversão, com geração de renda para a turma do 5º ano do Centro Educacional Paulo Freire, em Campo Verde, no Mato Grosso. A iniciativa é do professor Paulo César Oliveira, que criou o “bitzoin”, uma moeda com nome escolhido pelos próprios alunos e que permite a compra de produtos na feirinha promovida ao final do ano.
A cada participação positiva nas aulas de matemática, os alunos vão aumentando seus saldos em “bitzoins”. “Com essas propostas lúdicas e criativa em sala, os alunos vêm mostrando uma evolução nas notas e no aprendizado em todas as atividades na escola. Durante uma gincana de conhecimento promovida entre as quatro turmas do 5º ano, nossa turma conseguiu se destacar na primeira colocação. Eles demonstram também muito mais entusiasmo em participar das aulas”, destacou Paulo César, orgulhoso.
Durante visita do Instituto Brasil Solidário (IBS) à escola, no mês de novembro do ano passado, foram desenvolvidas novas ideias com a turma. Os alunos já planejam a implementação de uma loja de “brechó”, com artigos não mais usados em casa para expor nas feirinhas.
A iniciativa despertou novas possibilidades de geração de renda para as famílias e tem recebido apoio dos pais, que já estão se organizando para adaptar as sugestões aos seus empreendimentos. Na escola, o projeto se tornou referência entre os professores, e o educador Paulo está construindo um plano de ação para a proposta ser implementada também nas demais turmas.
Com o jogo Piquenique, o educador tem aproveitado o material de forma transversal, apresentando aos alunos várias interações das cartinhas com outras disciplinas, como ciências, geografia e educação ambiental. “O jogo traz vários temas transversais. Ele é muito lúdico, atrativo para os alunos, seja em ciências, na educação ambiental… Na matemática nem se fala!”, comemorou o educador. “O Piquenique une o útil ao agradável com toda essa parte prática, e tem ajudado muito no nosso projeto, pois os alunos passam a compreender melhor sobre o poupar, como se planejar financeiramente e comprar de forma mais consciente.”