Escolas em Barreiros (PE) e Cubatão (SP) têm aproximado alunos das atividades com os jogos de Educação Financeira, envolvendo toda a turma e aproveitando o material lúdico e dinâmico do projeto. Com inclusão e acessibilidade, os jogos acolhem os alunos dentro de cada necessidade e atenção no momento da aplicação das atividades, potencializando habilidades cognitivas e socioemocionais.
Em Cubatão (SP), na UME Usina Henry Borden, os alunos têm acesso a um dado especial, feito de velcro e em alto relevo com braile, para auxiliar os estudantes com deficiência visual a participarem das atividades com os jogos, acompanhando o avanço em cada rodada durante a partida.
Segundo a educadora Caroline Roldan, uma aluna do 6º ano, diagnosticada com deficiências múltiplas (deficiência visual, intelectual e transtorno do espectro autista – TEA) participa ativamente do momento dos jogos, com ajuda dos próprios colegas, que fazem a leitura das cartas e ela acompanha utilizando o dado especial em relevo.
“Essa aluna do 6º ano é ótima, presta muito atenção e tem ótima memória. Sempre participa de tudo durante as aulas e os alunos da sala ajudam na leitura das cartas. Como ela sabe o braile, consegue acompanhar com o dado em relevo, mas estamos pensando em fazer algumas moedas dentro dessa proposta. Pensamos também em outras iniciativas, como um jardim sensorial. Fiz o curso de Educação Ambiental do IBS e já estou planejando algumas práticas nessa área”, ressaltou.
Na EM Prof. Terezinha Gonçalves de Carvalho, em Barreiros (PE), os jogos se tornaram parte da rotina curricular de Matemática Financeira. O estudante Kauã, acompanhado de seu intérprete de libras, tem se destacado a cada rodada. Segundo a educadora Sara Larissa Silvestre, ele costuma ter dificuldade em interagir com outras atividades e se encantou com o material lúdico do jogo.
“Esse momento dos jogos com os alunos tem sido incrível. Estamos trabalhando de forma efetiva a inclusão em sala de aula com o material. O Kauã logo se adaptou a proposta dos jogos e tem interagido com muita facilidade. Diferente de outras propostas em que ele não se interessa muito em participar, nesta ele tem acompanhado todas as ações que promovo com a turma do 7º ano”, destacou a educadora.