Da sala de aula para a comunidade, os jogos têm expandido as ações de Educação Financeira não só dentro da proposta curricular nas escolas. O projeto já alcança programas sociais mobilizados por organizações da sociedade civil (OSC) em várias regiões do Brasil, que aproveitam todo o material para fomentar o aprendizado para crianças e jovens, além das famílias beneficiárias.
No total, o projeto já soma forças com 35 instituições parceiras que acreditam na educação, e têm promovido as atividades junto aos seus projetos sociais, permitindo que o aprendizado chegue a todas as faixas etárias. Na Associação Crescer no Campo, em Espírito Santo do Pinhal (SP), o material tem sido trabalhado com as 4 turmas atendidas na organização, envolvendo desde crianças até jovens de 16 anos.
“Tivemos um aproveitamento do material em 100% das turmas atendidas. Os alunos adoraram os jogos e alguns já ajudam em alguma atividade empreendedoras na família. Foi muito legal acompanhar a evolução deles no aprendizado, entendendo como lidar com o dinheiro. Alguns inclusive fizeram uma lista de gastos fixas das despesas de casa e trouxeram para avaliar o orçamento dos familiares. Com certeza é um material que vamos usar todos os anos no projeto”, ressaltou a educadora Tânia Olbera.
Para Jessica Feghera, educadora do Bairro da Juventude, em Criciúma (SC), o material tem funcionado como um recurso dinâmico e divertido para o processo de aprendizagem, demonstrando na prática como o dinheiro pode ser administrado de maneira consciente e eficaz. “As aulas com o Piquenique têm trazido muitos benefícios. A cada sessão, os estudantes são desafiados a tomar decisões sobre poupar ou gastar o seu dinheiro, e essas escolhas refletem de forma significativa no seu dia a dia”, ressaltou.
A proposta tem auxiliado ainda a mudança de comportamento e de reflexão sobre o planejamento financeiro nos próprios educadores que participam da formação, como relata Maria Veronice da Silva, do Instituto Marcos Hacker de Melo. “Tem sido uma experiência de muita aprendizagem e, sempre que possível, juntamente com os professores, passamos aos alunos o que aprendemos com o IBS na questão financeira. Os alunos amam, e os jogos têm servido para minha vida pessoal, pois sou muito consumista. Hoje consigo organizar, planejar e controlar meu dinheiro”, afirmou.