Uruguaiana é conhecida como a “tríplice fronteira”, por ter divisa do Rio Grande do Sul com Uruguai e Argentina. Era de se esperar que houvesse troca culturais entre os três países. Em visita ao Uruguai, alunos do ensino médio participaram como monitores dos jogos de Educação Financeira numa escola técnica na cidade de Bello Union. O encontro foi promovido com estudantes do 2º e 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Nilza Corrêa Pereira, que prepararam uma programação de muita diversão e aprendizado com os alunos do 8º ano da Escuela Técnica Sérgio González Olaizola.
Segundo Marlise Grecco, assessora ambiental da 10º CRE, que recebeu novos jogos em espanhol durante o evento em Bento Gonçalves, os educadores têm articulado outras visitas em escolas da região, já planejando estreitar relações em outros territórios como a Argentina. “Eu nem imaginava a dimensão que esse projeto se deu na nossa região. Estamos muito felizes com as atividades. Estou há 20 anos na educação e fazia muito tempo que não via tamanha valorização, seriedade e respeito com o professor. Isso é o que a gente precisa. O professor se sente parte do cenário, o resultado é uma ação que segue crescendo, e não vamos parar. Temos muitas agendas para seguir expandindo a proposta para além das fronteiras, com diálogo em andamento no Uruguai e Argentina”, ressaltou Marlise.
Ainda em Uruguaiana a educadora Najoa Salem, tem feito um trabalho de socialização e aprendizagem com jovens do CASE – Centro de Atendimento Socioeducativo para Menores Infratores, que atende alunos de 13 a 18 anos. Segundo a educadora, as atividades realizadas pela Escola Comendadora Dolores Cunha, tem sido fomentada desde o ano passado, com resultados de forte impacto social e alfabetização, com melhora até na leitura dos jovens atendidos.
“Nós temos feito um trabalho continuado dentro do CASE de acompanhamento e fomento das atividades com os jogos, e já tivemos ótimos resultados, como um aluno interno que através das cartas dos jogos, se sentiu motivado pela leitura, ele não sabia ler fluentemente e também não conhecia algumas palavras e depois das atividades com os jogos, começou o interesse pela leitura”, relatou Najoa.