Mais uma linda história de impacto e transformação social na nossa série “Além dos Muros da Escola”, gravado no interior da Paraíba, em Cabaceiras!
A equipe do Instituto Brasil Solidário, foi conhecer de perto as lindas pulseiras de couro produzidas pela estudante Maria Clara, de 11 anos, que se descobriu uma empreendedora sustentável, a partir das atividades de educação financeira em sua escola. Ela montou seu próprio espaço de produção em casa, aproveitando todo o material que seria descartado no ateliê do seu pai, que é artesão na cidade, e das tirinhas de couro, encontrou arte e muita inspiração para começar as vendas das pulseirinhas feitas à mão com muito estilo e capricho, já recebendo encomendas na escola e toda a comunidade.
Foi na Escola Maria Neuly Dourado, que a estudante participou de uma atividade pedagógica com os jogos Piquenique, e logo se encantou com o jogo de tabuleiro, que num formato leve e divertido, apresentava os caminhos para poupar e economizar com foco em garantir o melhor resultado ao final da partida.
A ideia vista numa proposta lúdica, atraindo os alunos para uma brincadeira em sala de aula, aproximou Maria Clara de conceitos antes não percebidos em seu dia a dia e despertou uma sede de conhecimento e aprendizado que a levou para outras atividades de empreendedorismo na escola como o projeto JEPP – Jovens Empreendedores Primeiro Passo, do SEBRAE.
Segundo o artesão Saulo Cândido, pai de Maria Clara, sua filha trouxe uma percepção de sustentabilidade e até investimento que ninguém na família tinha percebido, que possibilitou um reaproveitamento de 100% dos materiais que iam direto para o lixo.
“Na escola, a Maria Calara passou a ver coisas que a gente não via, ela abriu um novo mundo pra gente! Hoje, conseguimos reutilizar 100% do material aqui do ateliê, tanto as garras, como as tirinhas e os pedaços de couro, uma ideia que veio da cabeça da minha filha, ela que pensou e já abriu a nossa mente para produzir e ganhar mais dinheiro com o que seria descartado”, relata o artesão.
A estudante já faz planos para as vendas nos eventos realizados em sua cidade, e que já faz parte da rotina de exposição do artesanato de sua família. “Eu acompanho o trabalho do meu pai, e ele fica numa barraca vendendo suas peças, e eu vejo que os clientes gostam e logo compram mais, então, se Deus quiser, na próxima festa do Bode aqui da região, eu vou colocar minhas pulseiras e tenho fé que vai vender muito”, enfatiza a estudante.